sexta-feira, 19 de abril de 2013

Desmoronamento do Porto de Santana/AP

SÃO PAULO, 30 Mar (Reuters) - O embarque de minério de ferro da Anglo American pelo porto de Santana, no Amapá, está suspenso devido ao desmoronamento de parte de um terreno conectado a um píer flutuante, informou a mineradora neste sábado.
Não há previsão para a retomada das atividades no porto, suspensas desde quinta-feira, quando ocorreu o acidente que deixou três mortos e três desaparecidos.
"É com grande pesar que a Anglo American - Sistema Amapá informa que, no início da manhã deste sábado... três corpos foram recuperados do acidente no Porto de Santana-AP. A busca pelos outros três desaparecidos continuará de maneira intensiva", disse a mineradora em nota.
A Anglo American informou também, por meio de sua assessoria de imprensa, que a produção de minério de ferro no Sistema Amapá não foi paralisada em função do acidente no porto. Não havia informações imediatamente disponíveis sobre eventual alternativa para o escoamento da produção.
No ano passado, a produção no Sistema Amapá somou 7,2 milhões de toneladas.
A mina de minério de ferro do Sistema Amapá está localizada em Pedra Branca do Amapari, a cerca de 200 km de Santana.
As causas do desmoronamento estão sendo investigadas.
"Outras áreas na região de Santana também foram afetadas. Um navio estava atracado no cais para o carregamento de minério de ferro no momento da inundação e foi atingido pelas águas da enchente. Veículos e equipamentos em operação também foram dragados para dentro do rio", disse a empresa.
Entre as vítimas, três são funcionários da Anglo e três são terceirizados. Dois outros empregados ficaram feridos no acidente.
(Por Roberto Samora)



Guindaste vai auxiliar buscas

As buscas pelos seis trabalhadores desaparecidos , após o desabamento de um píer flutuante no Porto de Santana, no Rio Amazonas, a 20 quilômetros de Macapá, continuam ininterruptamente, mas sem sucesso até o momento. Segundo o major Roberto Neri, do Corpo de Bombeiros do Amapá, uma balsa com guindaste capaz de içar até 80 toneladas chegará ao local para ajudar na retirada da estrutura que caiu no rio e facilitar as buscas.
O trabalho dos mergulhadores é feito enquanto há luz solar, do início da manhã até as 18h, mas o serviço de busca continua durante a noite e a madrugada em uma área de aproximadamente 45 mil metros quadrados, informou o major. Segundo ele, as buscas seguirão durante o fim de semana até que as vítimas sejam localizadas ou não haja mais possibilidade de encontrá-las. Ao todo, 20 bombeiros e três militares da Marinha trabalham nas operações de resgate.
A EMPRESA
A empresa Anglo American, que opera o porto, informou por meio de nota que “houve um desmoronamento de parte do terreno onde se localiza o píer flutuante utilizado na atracação de navios que embarcam minério de ferro”. Segundo a empresa, as causas do desmoronamento ainda estão sendo investigadas. O Corpo de Bombeiros também informa que ainda não é possível informar a causa do desabamento do píer, que será fruto de uma investigação.
Com o desabamento do píer, algumas embarcações que estavam ancoradas nas proximidades afundaram. Veículos e equipamentos do porto também foram dragados para o rio. O comandante Edilson Castro, da Capitania dos Portos do Amapá, disse que um inquérito administrativo já foi aberto para apurar as causas do acidente. O prazo para as investigações é 90 dias. Segundo ele, um navio mercante estava sendo carregado com minério no momento em que o píer flutuante desabou, a menos de 3 quilômetros da capitania.
O presidente do Sindicato dos Portuários (Sindporto) do Pará e Amapá, Carlos Rocha, informou que, por ter ocorrido por volta da meia-noite, horário da troca de turno dos trabalhadores do porto, alguns funcionários já haviam ido para casa e outros não haviam chegado, o que evitou  que o número de vítimas fosse maior. Entre os desaparecidos, estão três funcionários do porto e três trabalhadores terceirizados. Ainda na madrugada, dois sobreviventes foram resgatados com vida.
(Agência Brasil)
Bombeiros encontram três corpos 
Equipes do Corpo de Bombeiros do Amapá encontraram na manhã do sábado, três corpos dos seis trabalhadores desaparecidos no rio Amazonas após um desmoronamento de um barranco no porto da mineradora Anglo American em Santana, a 20 km de Macapá. O acidente aconteceu na quinta-feira. Os trabalhadores foram arrastados para dentro do rio Amazonas. Instalações e equipamentos também foram levados para o fundo do rio. A área destruída foi estimada em 16.100 metros quadrados.
Segundo o coronel Ademar Rodrigues dos Anjos, dois corpos foram encontrados há mais de seis quilômetros do porto da Anglo. Eles estavam próximo de uma fazenda, no município de Santana. O terceiro corpo boiou na região do porto da mineradora. O militar não informou o horário exato dos resgates dos corpos. Os corpos estão sendo transportados para o Instituto Médico Legal de Santana. “Como a água do rio Amazonas é muito fria nesta região, os corpos estão preservados. Não haverá dificuldade para fazer o reconhecimento”, afirmou Rodrigues.
No porto de Santana muitas famílias e curiosos aguardam a chegada das equipes dos bombeiros no porto da cidade, que tem 101.203 habitantes. Mergulhadores continuam as buscas aos outros três desaparecidos nadando em uma área de 45.000 metros quadrados. Eles têm apoio de embarcações da Marinha. De acordo com Rodrigues, a mineradora Anglo American enviou uma balsa com guindaste para realizar o içamento de equipamentos, que caíram também no rio, para tentar achar os corpos. Mas como a balsa não suportou o peso do guindaste, com mais de 80 toneladas, a operação foi descartada hoje. (Folha Press)



Desmoronamento de terra em Santana  (AP) - Jorge Júnior/Governo do Amapá

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